Intestino preso na gravidez: por que é tão comum?
A constipação intestinal, ou intestino preso, como é popularmente conhecida, é um sintoma, e não uma doença, que pode estar relacionado a uma série de condições de saúde ou de fase de vida, dentre os quais está a gravidez.
A constipação intestinal pode afetar até 38% das gestantes, podendo surgir pela primeira vez nessa fase ou se agravar, caso já estivesse presente anteriormente. A frequência é ainda maior nos dois primeiros trimestres de gravidez.
O QUE CAUSA A CONSTIPAÇÃO NESSE PERÍODO E O QUE FAZER PARA MELHORAR?
Há várias razões de diferentes naturezas que podem contribuir para a prisão de ventre no período gestacional, as quais podem atuar de forma mais ou menos intensa, dependendo da mulher. Os fatores relacionados ao padrão alimentar são bastante importantes, destacando-se hábitos potencialmente negativos como a baixa ingestão de água; o aumento do consumo de alimentos refinados e pobres em fibras - e a baixa ingestão de frutas, verduras e legumes, os quais contribuem para a ingestão adequada de uma série de nutrientes, incluindo diferentes tipos de fibras.
Outros fatores estão mais relacionados a particularidades da gestação, como é o caso da eventual necessidade de suplementação de ferro, o que costuma dar início ou promover piora do sintoma; e também da redução do nível de atividade física, seja por recomendação médica (em casos de gestações de risco) ou por desconforto da gestante. Ainda, precisamos considerar as alterações que o corpo da gestante apresenta naturalmente, que podem exercer grande impacto, como é o caso da redução da capacidade do intestino em promover a movimentação do bolo fecal, fator fortemente influenciado pelas alterações hormonais dessa fase, que aumentam o tempo de passagem dos alimentos pelo intestino.
Portanto, a adoção de hábitos alimentares adequados e estilo de vida saudável é fundamental não só durante a gravidez, mas por toda a vida. Nesse sentido, o consumo adequado de fibras e água é um fator chave para evitar o intestino preso, visto que as fibras atuam no aumento do bolo fecal e a água o torna mais macio, contribuindo para um funcionamento intestinal mais adequado.
Texto elaborado em parceria com a RG Nutri Consultoria.
Referências consultadas:
- GARCIA, Lilian Bolanheis; BERTOLINI, Sônia Maria Marques Gomes; SOUZA, Mariana Valença de; SANTOS, Margarete Simone Fanhani dos; PEREIRA, Cláudia Olsen Matos. Constipação intestinal: aspectos epidemiológicos e clínicos. Revista Saúde e Pesquisa. Paraná, v. 9, n. 1, p. 153-162, 2016.
- SAFFIOTI, Renata Felipe; NOMURA, Roseli Mieko Yamamoto; DIAS, Maria Carolina Gonçalves; ZUGAIB, Marcelo. Constipação intestinal e gravidez. Femina Rio de Janeiro, v. 39, n. 3, p. 163-168, 2011.
- VERGHESE, Tina Sara; FUTABA, Kaori; LATTHE, Pallavi. Constipation in pregnancy. The Obstetrician & Gynaecologist. 2015; 17:111-5.
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